O grande surto de desenvolvimento dos equipamentos de aplicação de agrotóxicos surgiu entre 1867 e 1900, tanto em razão do interesse dos agricultores em aumentar a produção e a qualidade dos produtos quanto do grande êxodo rural consequente da Revolução Industrial.
Com o êxodo rural, a concentração de pessoas nas áreas urbanas aumentou a demanda de produtos agrícolas e, em contrapartida, diminuiu a disponibilidade de mão de obra para trabalhar no campo (AKESSON; YATES, 1979); o que forçou o desenvolvimento de novas tecnologias para o aumento de produção, principalmente daquelas que permitiriam que poucos indivíduos cultivassem áreas extensas e favorecessem, portanto, à prática da monocultura. Houve então maior demanda de aplicação de produtos para controle de pragas e de doenças surgidas em decorrência da prática da monocultura.
O método atual de aplicação não difere daquele que se empregava no fim do século 19 e objetiva estabelecer uma barreira tóxica na superfície do alvo para impedir o ataque de pragas e de doenças. A eficácia dos agrotóxicos no controle dos problemas fitossanitários é hoje muito grande. Entretanto, a eficiência do controle ainda é conseguida graças ao poderoso efeito tóxico das novas moléculas, o qual compensa a pobre e deficiente deposição obtida com as pulverizações, pois, em alguns casos, mais de 50% dos produtos aplicados não atingem o alvo estabelecido.
Atualmente, vários são os fatores que influenciam na aplicação de agrotóxicos, entre os quais as próprias recomendações dos fabricantes, a geração de gotas, as condições micrometeorológicas, os bicos de pulverização, os tipos de alvo e a adequação dos pulverizadores. Nesta publicação, são apresentados, de forma simples, os principais fatores que afetam a eficiência das aplicações, bem como uma proposta de calibração de pulverização, passo a passo.